A Aventura da Casa na Árvore
O Vasco era um explorador de quintais. Com o seu chapéu de aventureiro e uma mochila cheia de tesouros (três berlindes, uma lupa e meia bolacha), não havia canto do jardim que ele não conhecesse. O seu próximo grande projeto? Construir a casa na árvore mais espetacular de todos os tempos, lá no alto do velho carvalho.
“Vai ser a minha fortaleza secreta!”, pensava ele, com um brilho nos olhos. Sozinho, arrastou tábuas de madeira que o avô lhe deu. Tentou pregar uma, mas ela ficou torta. Tentou subir uma corda, mas escorregou e aterrou num monte de folhas fofas. “Construir uma casa na árvore é mais difícil do que parece”, suspirou, coçando a cabeça.
Foi então que ouviu uma gargalhada divertida. Sentada no baloiço, estava a Lena, a sua vizinha, com um caderno de desenhos no colo. “Precisas de um mapa do tesouro para essa construção?”, perguntou ela, com um sorriso matreiro.
O Vasco, um pouco envergonhado, respondeu: “Não é um tesouro, é uma fortaleza! E eu sou o único construtor.”
A Lena aproximou-se e espreitou os planos do Vasco, que eram mais um rabisco do que um plano. “Hmm”, disse ela, “acho que falta aqui uma coisa muito importante: uma escada de corda com nós de marinheiro e talvez um periscópio para espiar os piratas do bairro!”
O Vasco ficou de boca aberta. Um periscópio! Como é que não se tinha lembrado disso? “Tu… tu percebes de casas na árvore?”, perguntou ele, curioso.
“Eu sou uma arquiteta de sonhos!”, respondeu a Lena, mostrando-lhe os seus desenhos. Tinha desenhado casas na árvore com escorregas, pontes de corda e até um elevador de balde para subir lanches. Eram os desenhos mais incríveis que o Vasco já tinha visto.
O entusiasmo do Tomé Viagens que contava esta história quase saltava das páginas. Ele imaginava o Vasco e a Lena a juntarem as suas ideias como duas peças de um puzzle perfeito. O Vasco era a força e a coragem; a Lena era a criatividade e o planeamento.
Juntos, a aventura tornou-se muito mais fácil e divertida. O Vasco segurava as tábuas enquanto a Lena, com a ajuda do seu pai, as pregava direitinhas. Fizeram uma escada de corda forte e segura. E, claro, construíram um periscópio com dois espelhos e um tubo de cartão. A casa na árvore já não era só do Vasco; era a Nossa Fortaleza das Nuvens.
No fim da tarde, os dois amigos estavam sentados no topo do carvalho, a comer o resto da bolacha do Vasco e a ver o pôr do sol através do seu novo periscópio. A casa estava perfeita. Tinha um volante de navio, uma bandeira desenhada pelos dois e um frasco para apanhar pirilampos.
“Sabes, Lena”, disse o Vasco, “construir isto sozinho não teria tido metade da piada.”
“Claro que não!”, respondeu a Lena. “As melhores aventuras são sempre partilhadas.”
E assim, o jovem explorador de quintais descobriu o maior tesouro de todos: um bom amigo para partilhar os seus sonhos.
Moral da história: A amizade e a partilha tornam as nossas aventuras muito mais divertidas e especiais.
Perguntas para conversar em família:
1.O que é que o Vasco aprendeu ao tentar construir a casa sozinho?
2.Se tivesses uma casa na árvore, o que gostarias de ter lá dentro?
3.Lembras-te de uma vez em que um amigo te ajudou a fazer algo incrível?