A Torre de Almofadas que Tocava o Céu
O Léo acordou com uma ideia tão grande que mal cabia no seu quarto. E se ele construísse uma torre com todas as almofadas da casa? Uma torre tão alta, mas tão alta, que chegasse para fazer cócegas no teto!
Com um sorriso maroto, a sua missão começou. Primeiro, as duas almofadas da sua cama. Depois, pé ante pé, foi à sala e apanhou as almofadas do sofá. Eram fofinhas e cheiravam a pipocas. A torre já tinha quatro andares!
— O que estás a fazer, Léo? — perguntou a sua irmã mais velha, a Mia, a espreitar pela porta.
— Estou a construir um arranha-nuvens de almofadas! — respondeu o Léo, muito concentrado. — Preciso de mais… muitas mais!

Mia riu-se e atirou-lhe a almofada do seu cadeirão de leitura. — Toma, um contributo para a tua grande obra de engenharia fofinha!
A torre crescia e balançava, como um pudim gigante. O Léo foi buscar as almofadas do quarto dos pais e até as almofadinhas decorativas que ninguém podia usar. A torre ficou tão alta que o Léo teve de subir para cima da sua caixa de brinquedos para colocar a última almofada no topo: uma almofada pequenina em forma de estrela.
— Consegui! — gritou ele, vitorioso. A torre chegava mesmo ao teto!
Mas, de repente, a torre começou a abanar. Para a esquerda… para a direita… Oh, não! Com um grande “PUF!”, a torre desabou numa avalanche de fofura. O Léo rebolou no meio das almofadas, a rir à gargalhada. O chão do seu quarto parecia um mar de nuvens macias.

Nesse momento, a mãe entrou no quarto.
— Léo, o que é isto?! Parece que explodiu uma loja de colchões aqui dentro!
O Léo, com o cabelo todo despenteado e uma almofada na cabeça, explicou: — Era uma torre para tocar o céu, mãe! Mas o céu era um bocadinho instável hoje.
A mãe olhou para aquela confusão divertida, para o sorriso do Léo, e não conseguiu ficar séria. Apanhou uma almofada e atirou-lha. Em poucos segundos, o quarto transformou-se no campo de batalha da maior guerra de almofadas de todos os tempos.
No fim, cansados e felizes, o Léo, a Mia e a mãe deitaram-se no monte de almofadas. Olhando para o teto, o Léo suspirou:
— Sabem? Acho que a melhor parte de construir uma torre até ao céu… é quando ela cai e nos abraça a todos.
Moral da história
A criatividade não está em construir coisas perfeitas, mas sim em divertirmo-nos a inventar e a partilhar a alegria com quem mais gostamos.

Perguntas para conversar em família
1.Qual foi a coisa mais criativa que já construíste com objetos do dia a dia?
2.Se pudesses construir uma torre gigante, que materiais divertidos usarias?
3.O que sentiste da última vez que te riste à gargalhada com a tua família?
Autor: Inês Sorriso
