O Tesouro da Ilha Solitária
Tomé Viagens, um jovem aventureiro de coração valente e sorriso fácil, ajustou o seu chapéu de palha e consultou o mapa mais uma vez. O seu pequeno barco, o “Aventureiro”, balouçava suavemente nas águas azuis. O seu destino: a misteriosa Ilha Solitária. As lendas diziam que escondia um tesouro de brilho incomparável, e Tomé mal podia esperar para o encontrar.
Depois de uma manhã a navegar, avistou-a no horizonte: uma ilha coberta de palmeiras altas e rodeada por uma praia de areia tão dourada que parecia pó de estrelas. Ao desembarcar, sentiu a areia quente nos pés e respirou o ar puro e salgado. Mas, para sua surpresa, não estava sozinho. Um pequeno caranguejo, com uma carapaça pintada com as cores do arco-íris e olhos muito vivos, apareceu e acenou-lhe com as suas pinças, como se dissesse “Bem-vindo!”. Tomé sorriu e decidiu chamá-lo de Fagulha.
“Olá, Fagulha! Que bonita a tua casa!”, disse Tomé. “Por acaso, não viste um tesouro brilhante por aqui? Dizem que está escondido nesta ilha.” O caranguejo Fagulha inclinou a cabeça, pareceu pensar por um instante, e depois começou a andar de lado, rápido e decidido, parando a cada poucos passos para garantir que Tomé o seguia.
A aventura começou! Juntos, exploraram os segredos da ilha. Atravessaram riachos de água tão cristalina que conseguiam ver os peixinhos a nadar. Subiram a pequenas colinas de onde a vista para o mar era de cortar a respiração. Tomé riu às gargalhadas quando escorregou numa folha de bananeira molhada, e Fagulha dançou à sua volta com as pinças no ar, como se estivesse a achar muita graça. Quando a fome apertou, Fagulha, com as suas pinças ágeis, ajudou-o a apanhar as frutas mais doces e sumarentas que Tomé já provara.
Depois de muita exploração, Fagulha parou em frente a uma imponente cascata que caía sobre um pequeno lago. O barulho da água era música para os ouvidos. O caranguejo apontou com uma pinça para trás da cortina de água. “O tesouro! Só pode estar aqui!”, exclamou Tomé, com o coração a bater de excitação.

Com cuidado, atravessou a cascata e entrou numa gruta secreta. Lá dentro, a luz do sol que se filtrava pela água criava um espetáculo de cores. Mas não havia arcas de ouro, nem colares de pérolas, nem coroas de diamantes. No centro da gruta, havia apenas uma poça de água tranquila, cujo fundo estava coberto de conchas lisas e pedras de mil cores que brilhavam com a luz. Era bonito, mas não era o tesouro que ele imaginava.
Tomé sentou-se numa rocha, sentindo um pingo de desilusão. Tinha viajado tanto… Fagulha aproximou-se devagarinho e deu-lhe um toque suave na mão com uma das suas pinças. Tomé olhou para o seu novo amigo, para os seus olhos brilhantes e cheios de preocupação. E, nesse momento, percebeu tudo. Olhou à volta: a gruta secreta, as frutas partilhadas, as gargalhadas, a vista do topo da colina… A aventura tinha sido incrível!
Um sorriso enorme iluminou o rosto de Tomé. Ele percebeu que a companhia de Fagulha, as descobertas que fizeram juntos e a alegria que sentiram eram muito mais preciosas do que qualquer ouro.
“Fagulha, tu és o meu tesouro!”, disse Tomé, com a voz cheia de carinho, enquanto fazia uma festa suave na concha colorida do caranguejo. O verdadeiro tesouro não era algo que se pudesse guardar numa arca, mas sim a amizade que tinha acabado de encontrar.

Moral da história: A amizade verdadeira e as experiências que partilhamos são os maiores tesouros que podemos encontrar na vida.

Perguntas para conversar em família:
1.O que é que o Tomé esperava encontrar na Ilha Solitária?
2.Descreve uma das aventuras que o Tomé e o Fagulha viveram juntos.
3.No final, qual foi o verdadeiro tesouro que o Tomé descobriu e porquê?
Autor: Tomé Viagens